Estava cá mais para lá do que para qualquer lugar, os óculos caídos quase que na ponta do nariz, cabelos soltos e ondulados sobre os ombros, sem qualquer inibição pelo fato de estar sem roupa, o livro descansando sobre o colo, eu na cadeira da janela. Chovia forte e eu lembrava das palavras daquele poeta... Mas é necessário desviar a atenção da paz para questionar algo inacessível?
Meramente ilustrativo esse título de frustração, não é triste estar só, é apenas diferente do convencional, mas é claro que o MEU convencional... Não te metas a comparar os fatores de nossos lados. Mas é que, apenas de tentar inverter tamanha lucidez em minha cabeça, me deparei apenas com imaginações vagas, o que me leva a concluir que este é um coração carente... Mas quem sou eu pra julgar, esse olhar penetrante que parecia incendiar a alma, este poeta deve saber o que vê no espelho...
E aqui me resta saber quais as diferenças de me encantar por um bajulado poeta, ou me deixar apaixonada por um desejo irreal... Maldito seja o dia em que me tornei esse dilema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário