quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Paciência...

Hoje eu parei para ler as estrelas, as mais brilhantes apontavam na direção sul, olhei o sul e vi o horizonte, a noite estava mais clara para aquele lado, o que não faz sentido mas estava, pude ver as nuvens acinzentadas flutuando sobre a montanha, olhei a montanha e vi as árvores do topo sacudirem pelo vento, o vento vinha do norte... Olhei ao norte e vi o nada, encarei-o e perguntei:
- Maldita sou eu por perguntar ao nada o que ainda faço aqui, ou maldito é o tudo por não me dar respostas para nada?

O brilho das estrelas parecia se apagar enquanto eu caía no sono deitava entre as folhas caídas no chão do bosque. Uma gota, duas gotas, a chuva vinha calma, e silenciosa, só a percebi pois as roupas que a pouco estavam secas agora encharcadas pesavam minhas pernas contra o chão, forcei abrir os olhos protegidos pelas mãos, abri a boca e gritei aos céus:
- Maldita sou eu por perguntar ao céu o porque de as estrelas desaparecerem quando a chuva vem ou maldito é o céu por não me responder a essa simples pergunta?

E o céu estremeceu, o relâmpago iluminou todo o vale, olhei em volta mesmo tendo pingos d'água me cegando cada vez que caíam em meus olhos, uma voz enfim respondeu:
- Maldito sou eu minha pequena criança? As estrelas desaparecem pois descansam de ser olhadas durante a noite, tudo não é resposta dada a ninguém, como quer respostas se não trás perguntas? Minha pequena princesa, maldita não és pois tem a alma pura, a boca fala o que o coração duvida e não assume... O cérebro projeta o que a alma deseja. Não existe resposta para ti, pois és tão imatura, que nem sequer sabe o que perguntas.
- Mas céu, o que quer que eu queira saber e não saiba como perguntar jamais me será respondido... Quem ouve uma tola como eu?
- Olhe seu coração, a resposta está nele, pois tola tú não és, a resposta as tuas perguntas você mesma pode responder, basta aprender que a vida é feita de paciência.

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