sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

... Minha Completa Razão.



Que saudade eu sinto de fazer poesia, que falta me faz cantar de alegria.
Eu sempre quis sonhar e criar meus próprios versos, mas agora nem os malditos saem, que travessos.
Os beijos que dei, os homens que amei, as curiosidades que saciei.
O toque das mãos, a arte do não, as cartas dirão...
Eu passei por vários males, escutei "por onde andares, estarei de prontidão."...
Viajei aos sete mares, troquei muitos olhares, mas não tive uma própria decisão.
Me distanciei dos meus amigos, me aproximei dos meus labirintos, crucifiquei meu próprio coração...
E agora resta a mágoa, de estar unida a nada, não estar na multidão.
Inventei meus argumentos, tentei não arranjar confusão.
Machuquei quem não merecia, mas me fiz sofrer de solidão, por que não?
Me apaixonei por um poeta, me aproximei de suas cartas e fiz de mim sua precisão.
Não sei mais a quem enganar, não menti por estar errada mas não fiz a mínima questão.
Disse ao Diabo que não merecia o inferno, mas a Deus o esforço de me carregar será em vão.
Pedi as contas dos meus atos, e não me arrependi de fazer as coisas com prescrição.
Me divorciei das minhas vontades, me cansei de tais maldades e me fiz ser denominada Dalila de Sansão...

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